Sunday, July 13
...é essa desconfiança [em relação à literatura] que está no cerne de Graciliano. Nenhuma forma de arte consegue repor no mundo aquilo de que ele nos privou. Se o faz, é pelo caminho da imaginação (que requer alguma dose de esperança) ou pela explicitação da falta. Como lemos a partir do presente, um autor que nos fala sempre do aniquilamento, que escreve na linguagem austera da rasura, atinge o coração de seu tempo.
— Manuel da Costa Pinto